Câmara do Porto quer rever projecto de Souto de Moura para a Biblioteca Pública

soutomoura1O presidente da Câmara do Porto anunciou esta terça-feira que vai avançar para a discussão do projecto de ampliação do edifício da Biblioteca Pública Municipal com o arquitecto Souto de Moura, de modo a que seja contemplada a reabilitação do edifício principal e a revisão da construção de três novos edifícios. A garantia foi dada em reunião da autarquia onde Rui Moreira admitiu que há um conjunto de prioridades que mudaram e, como tal, será importante adequar o projecto já concluído do arquitecto portuense, vencedor do Pritzker de 2011, a essa nova realidade. O autarca explicou que o objectivo da câmara é "revisitar" o projecto de Eduardo Souto de Moura, depois de um estudo realizado em Outubro ter deitado por terra os planos anteriores da autarquia para duplicar a capacidade de depósito da biblioteca, sem recorrer a uma intervenção mais profunda. Em final de Julho, o então vereador da Cultura do município, Paulo Cunha e Silva, anunciava que a autarquia iria "duplicar a capacidade de armazenamento" da Biblioteca Municipal com estantes, depois de um "estudo de carga" ter revelado que tal hipótese é possível. Contudo, em Outubro, um novo estudo, sobre a instalação das novas estantes compactas "revelou que a medida não iria produzir os resultados necessários", revelou Rui Moreira. O projecto de ampliação da biblioteca está concluído desde o início do século, e que prevê a construção de três novos edifícios ? um na Rua do Morgado Mateus e dois na Rua de Rodrigues de Freitas ? além de novas áreas ajardinadas. O que o projecto não prevê, afirmou Rui Moreira, é a reabilitação do edifício histórico, onde está instalada a BPMP e, neste momento, esse factor é considerado essencial pela autarquia. O objectivo da câmara passa então por levar o arquitecto a alterar parte do projecto, incluindo a reabilitação do edifício principal e abdicando, pelo menos para já, da construção de parte das estruturas inicialmente previstas (incluindo uma zona de restauração) e de 1700 metros quadrados de área de jardim, consideradas por Rui Moreira como "menos prioritárias".

in Construir

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