“Vasta maioria das empresas” opta por permanecer no mesmo escritório após o fim do contrato de arrendamento

EdifícioVitória-AngolaO estudo "Stay or not to Stay", da CBRE, conclui que "a vasta maioria das empresas" opta por continuar no mesmo local após o termo do contrato de arrendamento.

Em comunicado de imprensa, a consultora imobiliária explica que a qualidade da gestão dos edifícios assume-se como "um importante facto nos critérios de selecção e de localização de escritórios". Este estudo analisou 500 empresas, com o objectivo de compreender os factores que justificam o comportamento dos arrendatários quando avaliam a saída ou permanência num escritório.

Das empresas inquiridas, apenas 12% mudaram de localização após o término do contrato de arrendamento e, das que mudaram de local, "quase dois terços alteraram a área ocupada", destacando a CBRE que 50% dessas empresas se instalaram em locais com área superior.

Segundo o comunicado, um aspecto essencial no processo de tomada de decisão refere-se à gestão dos edifícios em termos da qualidade dos serviços técnicos (relacionados com a qualidade de construção e infra-estruturas do edifício) e dos serviços comerciais (relação entre o arrendatário e a empresa gestora do edifício).

Entre ambos, os serviços técnicos foram considerados como o factor mais importante, "mas por pouco", frisa a CBRE, explicando que as conclusões do estudo indicam que as taxas de satisfação são 10% inferiores para as empresas que mudam de localização, face às que se mantêm no mesmo escritório, "no que respeita a serviços de manutenção e de limpeza dos edifícios".

"Em termos gerais, para gestão dos serviços técnicos do edifício, a diferença é de 8,3%, e de 7,25% no caso dos serviços de natureza comercial ou relacional", explica a CBRE, referindo que a mais óbvia diferença nos níveis de satisfação entre empresas que mudam de localização e as que se mantêm no mesmo escritório relaciona-se com funcionalidades técnicas como serviços claros e rápidos para reportar falhas, elevadores suficientes e fiáveis, comunicações claras e avisos adequados para obras e sistemas e equipamentos de controlo de temperatura suficientes, silenciosos e fiáveis.

Para Luís Teodoro, este estudo é "bastante revelador da importância de uma gestão eficaz dos edifícios para os inquilinos". "É, para nós, muito claro que, para além de equipamentos fiávies e funcionais, para o qual muito contribui a gestão técnica mais preventiva e menos reactiva, a comunicação fluente entre os inquilinos e as nossas equipas é essencial", explicou.

Segundo este responsável, a CBRE continuará a investir na sua equipa técnica "e na disponibilização de sistemas de reporte de falhas que sejam simples e rápidos e permitam ao requisitante acompanhar a resolução da situação".

O director de Gestão de Activos Imobiliários da CBRE Portugal referiu ainda que, "com o aumento da flexibilidade dos contratos, nomeadamente quanto à sua duração e à possibilidade destes poderem ser quebrados pelos inquilinos, torna-se essencial o conhecimento das estratégias e dos negócios dos inquilinos, que possibilitem, por um lado, adequar os espaços aos requisitos dos mesmos e, por outro, contribuir para que os activos imobiliários produzam o resultado esperado para os investidores".

in Construir

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