Ministério do Planeamento e Infraestruturas será a designação do ministério que tutelará a iniciativa em torno da Construção, retomando os princípios inerentes ao ministério das Obras Públicas entretanto extinto na legislatura iniciada em 2012 pelo Governo de Pedro Passos Coelho. Esta é pelo menos a indicação preliminar que está a ser avançada por diversos órgãos de comunicação que apontam o antigo secretário de Estado da Segurança Social entre 2005 e 2011, Pedro Marques, como titular do cargo de ministro. Depois de uma curta passagem pelo privado – abandonou a actividade política, renunciou ao mandato de deputado em Outubro do ano passado para se dedicar à consultadoria -, Pedro Marques regressa à política para assumir a pasta do Planeamento e Infraestruturas, o ministério que vai gerir os fundos europeus. O Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações constituído em 2005, foi formalmente extinto em 2012, sucedeu-lhe, no desempenho da missão e actividades, o Ministério da Economia e do Emprego. Algumas das atribuições do MOPTC passaram para o Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território. Há muito que esta medida era defendida por algumas áreas da Construção. “Pelo peso que a construção e o imobiliário têm na economia, entendo que sempre se justificaria a existência de um Ministério que juntasse as infraestruturas e a habitação, permitindo uma visão global e integrada destas actividades, das suas necessidades e das suas especificidades”, revela Reis Campos, presidente da Confederação da Construção e do Imobiliário. Para aquele responsável, é prioritário que para o novo Executivo a captação de investimento estrangeiro, “num quadro em que, como sabemos, os meios do Orçamento do Estado são muito limitados. Estão em causa matérias verdadeiramente transversais e suprapartidárias, como é o caso da aposta na reabilitação urbana, e o interesse nacional tem que ser colocado à frente de qualquer questão de natureza política”. Reis Campos entende que “a retoma do investimento é um tema prioritário, que terá que presidir a qualquer estratégia, modelo ou formato de governação e tudo deve ser feito para que Portugal possa rapidamente consolidar os sinais positivos que os agentes económicos em geral, e este sector em particular, foram transmitindo ao longo dos últimos meses”.