Centro histórico do Porto valoriza 11% no 1º semestre

Os últimos dados do Índice de Preços da Baixa do Porto revelam que entre o 2º semestre de 2014 e o 1º semestre de 2015 esse índice de preços teve uma subida de 11%, sendo o resultado mais elevado de toda a série, que já remonta a 2009, atestando uma assinalável dinâmica de valorização do território. Desde 2009 a Baixa do Porto observa uma valorização acumulada de 65,1%. Só nos últimos 12 meses a subida foi de 21,5%, afirmando-se como o ciclo de maior valorização em todo o período analisado. O Índice de Preços da Baixa do Porto é apurado pela Confidencial Imobiliário, entidade especializada na concepção e produção de estatísticas de preços no mercado imobiliário. O seu cálculo tem por base a informação de transacções captada através dos registos relativos aos denominados "direitos de preferência". Nos termos legais, as transacções realizadas dentro das Áreas de Reabilitação Urbana (ARU) com Operação de Reabilitação Urbana aprovada devem ser previamente comunicadas às respectivas entidades gestoras, para que estas se pronunciem quanto ao eventual exercício do Direito de Preferência. Considerando a natureza dessa informação, essa é uma fonte de dados que abrange todas as vendas realizadas na ARU do Centro Histórico do Porto, território que é tutelado pela Porto Vivo, SRU. O Centro Histórico do Porto foi alvo da realização de uma média de 24 transacções de prédios por mês, mantendo esse ritmo já desde o começo de 2014. Desde 2014 as transacções envolveram um investimento de mais de 137 milhões de euros. Este valor respeita unicamente à aquisição de imóveis, não contemplando os investimentos em obras que ocorram posteriormente. Em linha com a evolução das transacções, também o número de novas obras licenciadas tem vindo a crescer. Mantendo-se o ritmo do 1º semestre, o ano de 2015 poderá afirmar-se como o mais relevante em termos de concretização de obras, com quase 100 novos projectos, incluindo obras de conservação, ampliação, alteração e reconstrução. O lançamento de obras tem evoluído muito favoravelmente nos últimos anos, mais do que quadruplicando face a 2012, num claro sinal da mobilização dos investidores. Para Álvaro Santos, Presidente da Porto Vivo, SRU, os dados agora apresentados revelam que "a reabilitação urbana encetada na Baixa e no Centro Histórico do Porto tornou possível a sua revitalização económica e social, de forma firme e sustentada, invertendo-se a trajectória de declínio que durante décadas desolou a área com maior relevância patrimonial da cidade. Esta zona da cidade do Porto atingiu um ponto de atracção irreversível e tem registado uma procura crescente por parte de investidores e promotores, muito suportados pelo mercado turístico, mas também, e cada vez mais, pelo segmento residencial". Segundo Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário, a Baixa do Porto "tem reforçado a sua posição enquanto mercado de refúgio por parte dos investidores. Mas não só. O investimento nesse território é orientado para as actividades económicas, designadamente o turismo, hotelaria, restauração e comércio, protagonizadas por um universo amplo de agentes que vêm nesse mercado uma oportunidade. Por esse facto, o investimento imobiliário realizado é muito balizado por lógicas de viabilidade económica, facto que aponta para uma matriz de racionalidade e sustentabilidade na definição de preços. O mercado valoriza, basicamente, porque essas actividades cada vez mais se têm afirmado como rentáveis e atractivas para um número cada vez maior de empresas".

in Construir

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