Mercado de escritórios de Lisboa regista “forte recuperação”

lisboa_3_30O mais recente "marketview" da CBRE concluiu que o mercado de escritórios de Lisboa registou uma "forte recuperação da absorção, acompanhada por uma ligeira redução da disponibilidade" no terceiro trimestre de 2015.

Segundo os dados da consultora imobiliária, a absorção bruta de escritórios na capital evidenciou, no terceiro trimestre do ano, um "extraordinário aumento de 155% face ao trimestre anterior e de 81% relativamente ao período homólogo". Neste contexto, o desempenho da absorção reflectiu a ocupação dos dois únicos edifícios concluídos este ano ? a nova sede da EDP e o edifício Castilho 24 ? e alguns negócios de dimensão relevante de empresas do sector de outsourcing.

Para o último trimestre do ano, a CBRE prevê que a ocupação "se mantenha dinâmica", prevendo que a absorção anual de espaços de escritórios ultrapasse a área registada em 2014. No sentido inverso, a taxa de disponibilidade de escritórios registou um decréscimo ligeiro, fixando-se em 11,27%, prevendo a consultora que a oferta nova se mantenha "reduzida" no curto prazo.

Assim, o comunicado a CBRE frisa que estão em construção quatro edifícios, dos quais três têm conclusão previstap ara 2016 e um para 2017, "sendo que somente dois deles estão a ser promovidos especulativamente".

As rendas "prime" mantiveram-se estáveis em todas as zonas de esccritórios, com excepção do Parque das Nações, onde se observou uma subida de 4%, "impulsionada pelo decréscimo da taxa de disponibilidade para 5,55%, actualmente, a mais baixa de toda a cidade". Neste campo, a tendência é que as rendas se mantenham estáveis nos próximos meses, "com pressão para subir nas zonas onde a taxa de disponibilidade é mais reduzida".

Para Cristina Arouca, "o mercado de ocupação de escritórios revelou uma forte dinâmica este trimestre, dando indícios de uma trajectória de recuperação, a qual até aqui era evidente apenas no mercado de investimento". "Contudo, o comportamento futuro do mercado de arrendamento está muito dependente da evolução da economia e condicionado pela disponibilidade de espaços para ocupação, que é actualmente muito reduzida", concluiu a directora de Research da CBRE.

in Construir

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