Mercado de escritórios de Lisboa com desempenho semelhante ao de 2012

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No primeiro semestre deste ano foram transaccionados 35 mil metros quadrados de escritórios em Lisboa, um número que revela um desempenho semelhante ao registado em 2012, que em período homólogo transaccionou um total de 36 mil metros quadrados.

Segundo a Cushman & Wakefield, que avança em comunicado de imprensa com este números, 2012 foi o ano com pior desempenho desde que há registo, em linha com a crise generalizada no mercado imobiliário e na economia, tendo sido 2008 o ano em que se registou o pico da procura no mercado de escritórios de Lisboa, quando foram transaccionados mais de 230 mil metros quadrados.

Como lembra a consultora, a fraca actividade deste sector é fruto do aumento do desemprego e da incerteza e falta de confiança que se continua a viver no cenário económico nacional e europeu.

De acordo com a C&W, as tomadas de decisão das empresas em relação à opção por novos espaços de escritórios são hoje, na sua maioria, motivadas por uma estratégia de redução de custos, o que leva em muitos casos à renegociação de contratos ou a processos de downsizing em termos de recursos humanos, que em alguns casos conduzem a mudanças de instalações para espaços de menor dimensão. Quanto a negócios de expansão de áreas ocupadas ou de abertura de novas empresas com áreas significativas, "são muito pouco frequentes no mercado português desde 2008", refere a consultora.

Relativamente à taxa de desocupação média do mercado de escritórios de Lisboa no primeiro semestre do ano, situa-se acima dos 13%, sendo que a zona 6 – Corredor Oeste, foi a localização com uma maior desocupação, tanto em termos percentuais (20%), como em volume, somando-se só nesta zona cerca de 190 mil m2 de escritórios disponíveis. Em termos de valores de mercado, a renda prime mantém-se nos 18,5?/m2/mês em Junho de 2013.

Segundo Carlos Oliveira, partner e director do departamento de escritórios da Cushman & Wakefield, "As perspectivas de fecho de ano em 2013 não apontam ainda para uma inversão da situação dos últimos anos, embora pareça que se tenha atenuado o ritmo contínuo de desvalorização, sendo provável que se volte a assistir a uma ligeira melhoria nos níveis de procura de escritórios no próximo ano, embora ainda com pressão sobre os preços.

"O facto de se ter travado quase completamente a construção especulativa ajuda a que apesar da baixa absorção, os níveis de disponibilidade não tenham subido de forma muito significativa ", conclui Carlos Oliveira.

in Construir

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