Venda de habitação cresce ao ritmo mais elevado desde 2010

As vendas de habitação em Portugal aumentaram, em Maio, à "taxa mais elevada desde 2010", impulsionada por um crescimento "robusto" da procura.

De acordo com o Portuguese House Market Survey (PHMS) de Maio de 2015, da autoria do Royal Institute of Chartered Surveyors (RICS) e da Confidencial Imobiliário (Ci), a tendência é para que os preços continuem a crescer nos próximos meses, "num movimento liderado pelas regiões de Lisboa e Algarve".

Os resultados do último PHMS "voltam a confirmar a melhoria significativa da confiança no mercado de compra e venda de habitação, sustentada pelo acréscimo da procura e por uma recuperação contínua dos preços".

De acordo com o comunicado do RICS e da Ci, as novas instruções de compra aumentaram "ao ritmo mais elevado em três meses", enquanto que as vendas acordadas aumentaram pelo 15.º mês consecutivo, registando, em Maio, o maior aumento desde o início da série deste inquérito.

Os preços acompanham este aumento, recuperando "a um ritmo constante" desde o início do ano, com os inquiridos a anteverem aumentos na ordem dos 2% para os próximos 12 meses a nível nacional. Neste contexto, os maiores ganhos são esperados para as regiões de Lisboa e Algarve, ambos na ordem dos 2,5%, enquanto que, no caso do Porto, as projecções apontam para um crescimento de pouco mais de 1%.

Segundo Simon Rubinsohn, "nos últimos meses parece ter regressado ao mercado uma confiança genuína, prevendo-se que a recuperação das vendas e dos preços acelere daqui para a frente". Todavia, o economista chefe do RICS destaca que os riscos para a economia "ainda não desapareceram e o seu potencial para travar esta evolução não deve ser ignorado".

Por sua vez, Ricardo Guimarães refere que, "pela primeira vez em vários meses, os agentes imobiliários começam a mencionar a situação europeia como uma potencial fonte de risco para o sector". "Ainda assim, os comentários positivos continuam a dominar, sobretudo devido à melhoria no que toca à concessão de crédito e à redução dos spreads", conclui o director da Ci.

No mercado de arrendamento, "e após um longo período de declínios persistentes", as rendas aparentam ter estabilizado, "embora as previsões apontem para uma ligeira recuperação deste indicador nos próximos três meses". O PHMS apurou ainda que a procura conduzida pelos arrendatários "evoluiu ao ritmo mais rápido desde Agosto de 2014, ao mesmo tempo que as novas instruções pelos proprietários continuam a cair de forma acentuada".

in Construir

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